30 janeiro 2004

CAMÕES (II)

CamõesApós o regresso a Lisboa, retomou a vida boémia, envolvendo-se novamente numa rixa que o levaria a ser preso na cadeia do Tronco da cidade durante alguns meses, tendo sido libertado por carta régia de perdão de Março de 1552, de D. João III, com a condição de servir na milícia do Oriente durante três anos, pelo que embarca, em 1553, para a Índia, na armada de Fernão Álvares Cabral.

Chegado a Goa, é integrado na expedição organizada pelo Vice-Rei D. Afonso de Noronha contra o Rei de Chembe, na costa do Malabar. De seguida, em 1554, sob o comando de D. Fernando de Meneses, integrou a armada que patrulhava o Mar Vermelho, em perseguição a navios mouros que comercializavam entre a Índia e o Egipto.

Seria depois nomeado “Provedor-Mor dos defuntos nas partes da China”, em Macau, entreposto comercial português na China. Começa então a escrever “Os Lusíadas”. O seu comportamento não terá sido contudo o melhor, uma vez que, ao regressar do Japão, Leonel de Sousa o obriga a regressar a Goa, para responder em tribunal.

Na viagem, no final de 1558 ou início de 1559, naufraga na costa do Cambodja, na foz do rio Mekong, conseguindo apenas salvar, a custo, o manuscrito de “Os Lusíadas”, já numa fase adiantada. Nesse naufrágio, teria perdido a companheira chinesa (Dinamene).

Depois de permanecer na região em companhia de monges budistas, acabaria por chegar a Goa em 1560, numa situação precária que o levou a solicitar a protecção do Vice-Rei D. Constantino de Bragança, procurando ser libertado da prisão a que fora submetido, motivada por dívidas, e, posteriormente, do novo Vice-Rei, D. Francisco Coutinho (Conde do Redondo).

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