07 dezembro 2003

VAN GOGH (VII)

VanGogh-Self-Portrait Em 27 de Julho de 1890, Vincent sai para um passeio e dispara sobre si mesmo no tórax com uma pistola. Consegue cambalear até casa durante a noite, nada dizendo sobre o seu estado. Acaba por ser encontrado ferido no seu alojamento, sendo chamado um médico, que, contudo, não consegue remover a bala.

As últimas horas de Vincent são muito semelhantes aos dois últimos anos da sua vida, variando desde a completa angústia mental até uma aparente satisfação. Depois de tentar o suicídio, Vincent passa o pouco tempo que lhe resta sentado na cama, fumando cachimbo, sempre com Theo a seu lado. Próximo da sua morte, Theo deita-se na cama ao seu lado, amparando-lhe a cabeça nos seus braços. Vincent diz-lhe: "Eu gostaria de morrer assim."

Génio, autodidacta, marginalizado, sujeito a acessos de loucura, com uma carreira fulgurante, concentrada apenas nos seus últimos 5 anos de vida, Vincent morreria na manhã de 29 Julho, sendo a sua urna coberta com dúzias de girassóis, que ele tanto amara. Nunca se recuperando da morte do irmão, Theo morreria em Janeiro de 1891; repousam lado a lado em Auvers.

Em 1960, foi criada a Fundação Vincent van Gogh, com o objectivo de preservar os trabalhos que pertenciam à família; em 1973, foi inaugurado o Museu de van Gogh, contendo centenas de trabalhos de Vincent, assim como um enorme arquivo contendo cartas e documentos.

Em 1990, no centenário da sua morte, o Museu van Gogh apresenta uma exposição retrospectiva com mais de 120 pinturas. Vincent van Gogh, que apenas vendera uma pintura em vida (“O Vinhedo Vermelho”), acabaria por ter a sua obra “O Retrato do Dr. Gachet” vendido em leilão por 82,5 milhões de dólares, o preço mais alto até então jamais pago por uma pintura.

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