17 dezembro 2003

BEETHOVEN (III)

Beethoven Noutro campo, Beethoven nunca se casou, tendo a sua vida amorosa sido uma sucessão de insucessos e de sentimentos não correspondidos. Embora várias figuras femininas tenham cruzado a sua vida, uma das mais importantes terá sido Giulietta Guicciardi, a quem dedicou a sua Sonata ao Luar. Contudo, apenas um amor terá sido intensamente correspondido, conforme revelado em carta de 1812, dirigida a uma “Bem-Amada Imortal”, que se supõe seria Antonie von Birckenstock, casada com um banqueiro de Frankfurt - portanto, um amor “impossível”.

Compusera entretanto algumas das suas principais obras, sendo reconhecido, já em 1814, como o maior compositor do século.

Em 1815, com a morte do irmão Karl, lutou na justiça para ser o único tutor do sobrinho de 8 anos; ao fim de meses de um desgastante processo judicial, ganhou o direito a cuidar da criança, em detrimento da mãe, dada a sua conduta.

Voltaria, nos anos seguintes, com o agravamento da surdez, a passar uma fase de grande depressão, de que só reagiria em 1819, resultando, na década seguinte, numa larga “produção” de obras-primas, uma arte integralmente abstracta, uma vez que já não a podia – desde 1814 – ouvir: Sonatas para piano, Variações Diabelli, Missa Solene, Quartetos de cordas e a Nona Sinfonia (iniciada em 1817, mas apenas concluída em 1822, tendo sido executada pela primeira vez em 1825).

A sua obra constituir-se-ia numa influência decisiva para toda a música do século XIX, ao mesmo tempo que – dada a sua perfeição – nela colocava um ponto final, embora glorioso.

Numa época em que tinha grandes planos futuros (uma Décima Sinfonia, um Requiem, uma Ópera), acabou por ficar gravemente doente, tendo contraído uma pneumonia, além da cirrose e infecção intestinal que já o afectavam. Com uma vida coroada de glórias e sucessos, mas idoso, surdo e desamparado, entraria na imortalidade em 26 de Março de 1827, como o maior génio da música de todos os tempos.

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