As 9 Sinfonias de Beethoven constituem a parte mais conhecida da sua obra. A maior parte foi composta na fase intermédia da sua criação, à excepção da primeira e da última sinfonia.
A Primeira Sinfonia, composta nos primeiros anos vienenses (cerca de 1799), está fortemente ligada ao classicismo vienense e à tradição de Haydn e Mozart.
A segunda (1800-1802) é uma obra de transição e apresenta já algumas das suas características pessoais, com um tratamento inédito dos instrumentos de sopro.
Beethoven apenas encontraria a sua linguagem sinfónica definitiva na terceira, "Heróica", uma sinfonia “revolucionária”, que se afasta definitivamente das formas tradicionais da sinfonia clássica vienense. Planeada para ser uma grande homenagem a Napoleão Bonaparte, que admirava, é uma obra grandiosa, de concepção monumental e temática épica, notavelmente longa. Porém a dedicatória napoleónica acabaria por ser retirada na sequência da coroação de Napoleão como imperador da França - Beethoven, decepcionado, alterou o programa da obra, incluindo uma marcha fúnebre "à morte de um herói".
A Quarta (1806) é uma sinfonia mais relaxada, conhecida pela sua longa introdução, quase independente do restante da obra, traduzindo no seu conjunto, de alguma forma, um retorno a formas mais tradicionais.
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